terça-feira, 12 de outubro de 2010

Loba

A menina percorria a cerca dedilhando com a ponta dos dedos, pensamentos longinquos. As coisas não haviam dado certo, não importa quantas promessas houvessem em seu coração. Queria ter crescido, ter se tornado adulta, tal como seus irmãos fizeram. Ela tirou o boné e deixou os cabelos cor de mel se espalharem pelos ombros. Talvez tivesse até mesmo gostado de trocar as roupas de garoto, tão confortáveis para suas traquinagens, por roupas mais delicadas, que mostrassem suas curvas femininas.
Uma lágriminha muda rolou pelo rosto dela. Ela tinha medo de outras coisas antes, tinha medo de falhar, medo de perder o controle... mas agora o medo se foi.
Porque não há espaço para o medo quando não se há mais nada.
Sentou na guia da calçada, balançando as pernas, imaginando como é ser amada por alguém. Será tao bom quanto vencer um jogo de basquete? Ao menos tinha vencido muitos jogos de basquete.
Ficaria assim, pra sempre. Não tinha tido a chance de crescer, de encontrar seu destino, fosse qual fosse.

- Lyka! - sua mãe gritou. - entre, está na hora de dormir.

Ela foi, olhando pra trás, pro mundo que estava deixando.

- Droga, nesse mundo tantas promessas não são cumpridas. Eu fui só mais uma.

E ela entrou para se deitar, sabendo que não iria sair nunca mais.

quarta-feira, 2 de junho de 2010



The little girl on the angel´s wall

Ela estava sentadinha no muro, mexendo as perninhas em seu vestido cor de rosa...os olhos perdidos nas botas aquareladas, os pesinhos balançando ...para frente e para trás...enquanto as estrelas lá e a lua eram totalmente ignoradas...ela não estava se questionando...eu podia ouvi-la apenas sonhar baixinho...ela não estava...nem feliz...nem triste...O mundo inteiro estava acontecendo ao seu redor...e ela sentadinha vendo o mundo correndo e dando sinal para Deus parar o bonde para ela perguntar se pegou o caminho certo...uma menininha. Minha menininha.

Gostaria de dizer a ela que nem sempre temos todas as respostas e que às vezes..às vezes respondemos errado...porque também não sabemos tudo...

Agora ela está em pé de novo, caminhando pelo muro...um pouco desequilibrada...olha para as botas, olha desconfiada o horizonte...olha para os dois lados e balança...esquerda? Direita?...mais ainda ignora a lua olhando para ela...
E ela não me vê...e se visse eu não seria muito bom com as palavras...eu não sou um anjo da guarda sabe ...sou um guerreiro...mas estou feliz porque sinto que ela está bem...sinto todas as suas emoções, vejo o fundo de seus pensamentos como se fossem espelhos dos meus...mas não posso transmitir a ela minha sabedoria apenas irradiar meu amor..e ela...
Ela olha os caminhos parada na encruzilhada e se pergunta para onde, tem escadarias para todos os lados..subir...descer... e seus sentimentos ficam inquietos...inquietos...nem bem...nem mal..inquieta está a minha preferida...inquieta de sonhos e inquieta de realidade. Inquieta porque nem sempre se reconhece e quando reconhece que mudou, sorri, mas sorrindo ainda se pergunta para onde...

Ela ainda é minha menininha cor de rosa...mas suas asas não se quebram a cada voo razante que dá...ela já entende que não tem todas as respostas e que algumas perguntas nem chegarão a ser feitas.

Ela já não carrega em seus ombros a culpa dos pecados do mundo...ela já sabe que o mundo lá fora peca sozinho também...sem a ajuda dela.

Mas minha menininha não sabe gritar...mesmo quando sua alma grita e seus olhos choram...sua voz é muda...mas muda ela da as costas...porque se porcos não valorizam perolas...surdos não aprenderiam com seus gritos...

Tenho tanto orgulho de vê-la mesmo incerta caminhando sozinha sobre muros altos...erguendo desconfiada o olhar para o horizonte...mesmo que ainda não veja a lua e mesmo que ainda se prenda demais as botas coloridas...

O Arcanjo abraça a moça caminhando sobre o muro da vida...ela some pequenina no meio do abraço e levanta o olhar para a lua cheia e sorri...um daqueles sorrisos radiantes..

"Estou aqui quando você corre subindo três degraus num pulo certeiro e também quando você precisa voltar um ou dois degraus para trás porque subiu a escada errada...e estarei aqui quando você jogar as botas muro abaixo e caminhar descalça brincando, subindo e descendo nos degraus certos e errados olhando a lua e sorrindo sempre...porque onde é o que menos importa...é o COMO que muda tudo.”

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Clamores - Parte II (ainda sem revisão)


Ela está cochilando. O babaca do demônio foi chamado pra receber alguma instrução e saiu de perto. E hoje ela rezou, isso dificulta as coisas pra ele.


Ariel sorri com o pensamento. Ela rezou pro anjo da guarda, rezou pra ele. Bem, ele não era bem o anjo que ela imaginava que fosse, mas isso não importava. As pessoas imaginam seus protetores da mais diferente forma, o importante é acreditar neles. Ariel desconfiava que ela teria uma decepção se soubesse quem era seu guardião.

Sou o que chamam de anjo em algumas crenças. Sou um mensageiro, um aggelos. Mas não sou perfeito, só o Pai é. Eu fui humano, há nem tanto tempo assim, estou no meu próprio caminho pela evolução. Minha atual missão é ela, cuidar dela, tentar guiá-la no caminho do Bem e atenuar a solidão que as almas sentem quando encarnadas.
Mas eu sou falível, tenho meus próprios defeitos e não estou livre de emoções humanas... Na verdade ainda sinto a maior parte delas... Não é fácil como parece evoluir.


O anjo se aproxima da garota adormecida, brincando de fazer rosas imaginarias nos cachos longos dela. Ele sorria candidamente, brincando com os cabelos dela.

Ela é muito novinha ainda. Tem tanto o que viver e o que aprender... Eu a amo, como amo a todas as criaturas, meus irmãos. Vou ajuda-la a desenvolver seus bons sentimentos, vou cuidar dela...


Ele pisca e aproxima os lábios dos dela devagar.

Mas existe algo nela que é diferente dos outros... Eu... eu nunca fui um anjo da guarda antes... seria isso a nossa conexão? Estarmos tão próximos faz isso? É normal eu gostar tanto quando ela ri? Sempre que ela ri... que vejo seus lábios se abrirem num sorriso... me lembro do Paraíso... de como tudo pode ser bom e belo... e eu...


O anjo se afasta, mexendo nervosamente nos anéis. Arruma o cabelo e volta a olhar a moça adormecida. Ele sabe que ela é apenas comumente bonita. Sabe que ela é inteligente, mas como humana que é está tão longe de entender os verdadeiros mistérios do universo. E ele pode ver os defeitos dela, cada mau pensamento que ela tenta esconder, vê seus medos e suas fraquezas, tão facilmente como pode ver o tempo nublando através de uma janela aberta.

Os humanos gostam do mistério sobre os outros... isso não existe para nós. Eu sei cada pensamento dela, cada pequeno ou grande temor. E é da minha natureza amá-la apesar de tudo isso. Por que então me inquieto? Amar os humanos não é parte, a parte mais importante, de ser o que sou? Por que meu coração não sossega quando a olho?


Ariel suspira, caminhando pelo quarto. Pode ver todos os anjos, demônios e outras criaturas cruzando o plano espiritual, cuidando de suas coisas. Ele era um anjo jovem, não mais do que setecentos anos após sua última morte, mas já estava habituado a sua nova vida. E, a despeito de tentar fingir que não sabia, ele já desconfiava do que o inquietava na jovem humana.

Eu já amei antes, tantas vezes... Não estou livre de sentimentos como paixão... ou desejo, não ainda. Sei que gostaria de beijá-la... gostaria que ela entendesse o que falo, que pudesse me ver...


O anjo voltou pra cama, deitando ao lado da menina.

Ela gostaria de mim? Como eu gosto dela? Será... que gosto dela mais do que devia gostar? Ela é tão bonitinha... mesmo quando fica irritada... mesmo quando está irritada comigo, por ouvir o zumbido da minha voz... Oh, Senhor... o amor nunca é ruim, é? Mesmo que eu... a... ame...?


Ariel se inclinou e tocou os lábios inertes dela devagar. Ela se moveu um pouco e estendeu a mão na direção dele, como se quisesse tocá-lo. Ele sorri apenas.

Não, não pode me tocar... não quando estou na minha forma espiritual... Mas sente minha presença, pequenina, não sente? Gosta de sentir que estou por perto...Escute, meu nome é Ariel... oh, é egoísmo querer ouvir meu nome da sua boca? Eu preciso de orientação, preciso falar com alguém... Mas preciso esperar o demônio voltar para ficar com você, é perigoso que você fique sozinha, mesmo Arsiel não sendo a melhor das companhias pra ninguém, ele divide comigo a responsabilidade de protegê-la.

Suspirando, o anjo a beijou. Aquela mocinha seria uma provação para ele, ele sabia.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Alistair...tudo começou...com sangue

O cetim dourado estava rubro, e as gotas iam se espalhando pelo assoalho, uma pequena poça de agua e sangue pelo chão e os gritos, meu Deus, os gritos faziam os empregados repetirem incessantemente o sinal da cruz.
Ela estava sozinha,sozinha com seus gritos de desespero, trancada no quarto, com o pequeno menino chorando aos seus pés repetindo as orações que o padre ensinanava.
Ela morria trancada. Trancada pelas mesmas chaves que agora jaziam seguras nas calças negras, nas pernas cruzadas, no escritório distante de um senhor, seu senhor, o senhor que não tinha rosto de menina. E que nunca, nunca fora ou seria um pai.

- Não papai. Pare por favor! Pai pai!!!!!!!!!!!!!! Ela não está se mexendo...

Os punhos sangravam contra o batente da porta que se recusava sequer ao minimo movimento. Os enormes portais o ignoravam, alheios por completo as manchas vermelhas em seu verniz. O sangue...toda sua vida estava regada ele...o sangue traçava um caminho sinuoso no mogno...das mãos brancas...dos dedos cortados...até o chão. Ele bateu...e gritou...ele pediu e implorou, ele chamou por tudo que acreditava ele até chamou por quem não acreditara jamais ...

- Não mexe...não...

De olhos marcados pelos tapas no rosto, pelas marcas na pele, pelos cortes na face, ele finalmente caiu inconsciente no chão. Exausto, exausto dos punhos em carne viva, exausto de tremer com o corpo inerte. Exausto de balançar aquele pequeno pacotinho inerte, roxo, que parecia com seus outros irmãos.

A cama estava cheia de sangue. Sangue de parto. Esse foi o primeiro contato de Alistair com o sangue. O sangue em sua boca. O sangue do corte no supercilio e o sangue em que sua miúda e delicada mãe se esvaziu, após um parto solitário, com um pequeno garoto de 5 anos para ajudar, após uma queda nas escadarias da enorme fazenda, que ele de maneira infantil chamava de lar. Essa foi a única imagem que restou de sua controversa origem, nunca houve uma imagem materna, com seis anos todas as lembranças se resumiam a uma cama de sangue e água. E uma sensação enorme de não quero mais.

Alistair teria odiado pai naquele momento, não estivesse ele convencido do principios com os quais ele fora esmagado, mas os principios não foram suficientes para afastar o ódio de si e anos depois o pai, aquele que não tinha o rosto de menina, se lembraria daquela noite. Durante os anos subsequentes sonhos sempre vermelhos, iam e vinham retornando àquela cena.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Clamores - Parte I (ainda sem revisão)



Ele a observava de uma curta distância com os olhos cor de prata. Ligeiramente desajeitada a garota empurrava o sofá de um lado para o outro da sala.
O vento brincava com os cabelos vermelhos dele, imóvel sentado no peitoral da janela, atento aos movimentos da menina. Talvez tivesse medo que ela se machucasse.
Ele foi tirado de seus pensamentos por um perfume agridoce e conhecido. Sentiu uma sombra lhe tapando o sol e virou-se para contemplar o recém-chegado.
Era outro rapaz, que em pé tinha quase a sua altura, cabelos loiro escuros jogados para trás, altivo nas vestes pretas e com um brilho irônico nos olhos vermelhos.
- Todos vocês são voyeur?- o recém chegado perguntou, sorrindo de lado.
- Não mais do que vocês o são. Por que não se apresenta formalmente? Imagino que você seja o novo enviado.

O loiro riu levemente e cruzou o umbral da janela. Cravou os olhos rubros na menina e em seu esforço para mover o sofá.

- Ela não é tão bonita... mas até que tem algo. - só então voltou-se para o outro - Sou Arsiel, o Sol Negro. Sou seu novo companheiro de jornada. - Ele mostrou os dentes brancos, perfeitos, num sorriso debochado. - Você é Ariel, não é?

- Sim, Sou Ariel, o Leão de Deus.- o ruivo se ergueu, para olhar Arsiel nos olhos.- Ela é uma bela garota, mais bela na alma do que seus olhos podem ver.
- Que seja. - ele deu de ombros- Você não deveria fechar uns botões da sua camisa e tirar esses piercings todos? Sabe, ficar mais angelical?

Ariel tocou inconscientemente a orelha, deslizando os dedos pelos brincos de prata, parando no transversal. Não era a primeira vez que alguém reclamava das jóias.

- E no que isso te incomoda? - ele parecia levemente aborrecido - Sou um mensageiro, porque não posso vestir-me como me agrada?

- A mim pouco se me da. Mas imaginei que a vaidade era um pecado.

- A maioria das coisas podem ser pecado ou virtude, depende de como se faz. E se vamos conviver pelas próximas décadas, melhor não criarmos rusgas desnecessárias. eu não disse que você parece mais um desses garotos que brincam de vampiros do que um demônio...

- Queria o quê, serafim? Que eu usasse chifres e tridente, pra facilitar o seu trabalho? Não, obrigado. Se vai tentar faze-la ficar longe de mim, esforce-se.

Arsiel sorri maldoso, passando a mão pelos cabelos brilhantes. Parecia muito bonito sob a luz do sol, os olhos vermelhos brilhando maus e atraentes.

- Vou me esforçar. - Ariel retrucou, puxando a lapela de sua camisa branca, o movimento deixando parte do peitoral de pele muito clara a mostra.

- Vai seduzi-la? - o demônio virou-se abruptamente.

- Por que raios vocês não calam a boca?
A menina disse e tapou os ouvidos, com uma expressão irritada.
Arsiel abriu a boca, completamente surpreso. Parecia incrédulo que a humana tivesse reclamado do barulho dos dois... Humanos não ouvem demônios ou anjos, ao menos, não os humanos normais.

- Ela é medium?
- Mais ou menos. Mas faça silêncio, ela está incomodada.

Ariel pousou as mãos nos ombros da humana, que aparentemente não podia senti-lo.

- Ela não entende o que dizemos. Só escuta barulho e fica irritada.
- Que seja, você não me respondeu. Vai seduzi-la?
- Vou mantê-la a salvo da sua influência.

Os dois se encararam, olhos rubros e prateados, ambos determinados a não ceder.

- Isso veremos, anjo.
- Pode apostar, demônio.


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

In the Shower

Sim, eu estava bêbada! E se não fosse por ele, não sei se chegaria em casa, pois mal conseguia ficar de pé. Entramos em meu apartamento, com ele me amparando em seus braços pela cintura. Pedi para que me colocasse na cama, mas ele negou, me levando diretamente pro banheiro. Começou a desabotoar minha blusa, eu não resisti. Abriu o zíper da minha saia, que tirou com cuidado, para que eu não caísse. Nossa, como ele era forte!


Ainda me segurando, abriu o chuveiro e deixou a água morna. De calcinha e sutiã, colocou-me debaixo do chuveiro, enquanto eu protestava, mas sem muita força. Enquanto me segurava, ficou falando bobagens, tentando me distrair. Hipnotizada, não conseguia prestar atenção em outra coisa que não fosse seu rosto. Era moreno, alto, com olhos escuros e profundos, lábios carnudos e um sorriso perfeitamente branco. Sim, este era meu melhor amigo. Como havia conseguido resistir à sua beleza por tanto tempo?


Decidi tentar uma loucura e puxei-o para debaixo da água também. Minha surpresa foi quando não resistiu; devia estar bêbado também. Ele encostou na parede do box, ainda me segurando. Ficamos alguns instantes parados, enquanto, de costas para ele, a água caia em meus ombros. Fui indo levemente para trás, até encontrar seu corpo e jogar meu peso sobre ele, deixando sua boca a centímetros de meu pescoço. Passou a mão em volta da minha cintura, puxando-me pra ele. Ainda de costas, levei minha mão até seus cabelos. Estávamos perdendo a cabeça!


Virei-me um pouco bruscamente, perdendo um pouco a respiração quando nossas bocas se aproximaram, ainda sem se tocar. Ficamos alguns segundos nos olhando, com olhares intensos e cheios de desejo. Será que ainda dava pra voltar a trás? Não, acho que não. Nossos corpos se atraíam, não tinha como parar. O momento foi quebrado com um beijo ardente e molhado. Nossas mãos percorrendo o corpo do outro, ele tirando meu sutiã, eu, desabotoando sua camisa.
Seu peito era escultural, másculo, sem muitos pêlos. O encontro de nossos corpos nus foi uma sensação indescritível. Podia sentir seu coração acelerado, assim como sabia que ele podia sentir o meu. Continuávamos nos beijando e nos tocando.


Para provocá-lo, parei subitamente, saindo do banheiro. O efeito do álcool havia passado, restando apenas o desejo em meu corpo. O contraste do quente da água com o ar fresco me deixou arrepiada. Puxei-o pela mão, seguindo em direção à cama. Ele me puxou para perto, continuando o caminho. Deitou-me na cama, sem se importar de que estávamos molhados. Tirou a calça e pude contemplar seu corpo perfeito e nu. Debruçou-se sobre mim e puxou minha calcinha. Percorrendo meu corpo com a língua. Sentia sua respiração quente e entrecortada, me deixando ainda mais arrepiada e louca de tesão. Deitei-o na cama, era minha vez de retribuir. Beijava e mordiscava sua pele molhada, provocando-o. Quando nossos corpos se encaixaram, já estávamos em êxtase. Movíamos no mesmo ritmo, numa sincronia perfeita, acelerando e pausando em seguida. Minha boca cobria cada parte acessível do seu corpo de beijos. Ele me segurava, hora pelo cabelo, hora pelo quadril, não deixando que o movimento frenético cessasse.
Rolamos, para que ficasse em cima de mim. Com a intenção de prolongar o momento, percorreu, mais uma vez, cada centímetro do meu corpo, com a mão e com a língua. Não sabia por quanto tempo mais agüentaria esta provocação. Meu corpo o desejava, queria que voltasse para dentro de mim, ansiava por seu toque.


A cada vez que estávamos chegando ao final, parávamos, alternadamente, para provocar ainda mais nosso desejo. Rolamos por toda a cama, deixando que os sentidos nos guiassem. Estávamos cegos a qualquer coisa que não fossem nossos corpos se tocando, nossas bocas se beijando avidamente. Arranhava suas costas, enquanto ele apertava minha coxa, segurava com força meu quadril, agarrava minhas costas, aproximando-me ainda mais.


Acho que pela primeira vez, atingi o clímax ao mesmo tempo que meu parceiro sexual. Sentir seu corpo inteiro se contraindo, inclusive dentro de mim, enquanto eu tinha espasmos de prazer, foi uma sensação única e ainda mais prazerosa, o final perfeito para uma louca noite de sexo.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009



A mordida
Desliza sobre sua pele o branco escarlate
Agudo gelado,
Quente...penetrando seus poros
Minha pele palida...meu corpo inteiro sendo possuido
E quando te possuo vc me toma completo
E milhoes de moléculas de extase transpassam nossos corpos
Eu grito e a voz vem de sua boca, de seu sangue , minha vida
Em taças de cristal fogo liquido em meus labios...seus labios, suas veias, meus dentes
Nossas mãos se apertam , se moldam, se estendem, num espasmo , quase uma dor...um romper de céus, de infernos.

Uma unica fusão
E eu? Eu mergulho ao pricipicio dos meus limites
Apenas e somente quando tenho você
E quando corre o sangue, e corre o gozo, corre o prazer.E Finalmente. O encontro.

 
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